Escola Superior quer anular decisão do Ministério em tribunal

Mais de 300 professores que tiraram os respetivos cursos entre 2011 e 2013 na Escola Superior João de Deus podem perder as suas habilitações para dar aulas.

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Notícias Ao Minuto
13/08/2015 13:13 ‧ 13/08/2015 por Notícias Ao Minuto

País

Polémica

Em causa, o facto de quatro mestrados de formação de professores não terem sido acreditados pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, mas ainda assim terem sido lecionados na referida escola, como avançou esta quinta-feira o Diário Económico.

Em declarações à TSF, o diretor da Escola Superior João de Deus garantiu que vai recorrer da decisão do Ministério da Educação que pediu ao Ministério Público que investigasse a escola por suspeitas de ilegalidades.

“O Ministério nunca tomou nenhuma decisão e agora vem dizer que cometemos ilegalidades. Durante estes dois anos tentámos, por três vezes, pedir audiências com o senhor primeiro-ministro para que se definisse um árbitro, uma pessoa isenta, para verificar se é verdade ou não aquilo de que estamos a ser acusados”, referiu Ponches de Carvalho.

O responsável pela escola disse ainda que existe um “relatório da Inspeção-Geral da Educação e Ciência onde é dada [em 2012] conta desta situação”.

“As inspetoras escreveram que os cursos não se encontravam ainda acreditados e nas recomendações que fizeram não é dito nada sobre o curso não poder funcionar”, revelou, acusando a tutela: “se o Ministério tinha um entendimento diferente deste podia tê-lo dito em 2011 e em 2012 e tínhamos de imediato encerrado o curso”.

“Mas só veio dizer em outubro de 20113 e o mais grave é que não deixa os alunos continuarem os seus estudos”, apontou.

Ponches de Carvalho garantiu que perante toda esta situação “o advogado [da escola] vai tentar impugnar esta decisão do secretário de Estado e tentar ver o que está na tal questão da falta de qualidade que vai ser enviada para o Ministério Público”.

Em jeito de lamento, o diretor afirmou que a escola já foi “julgada em praça pública”.

“E o pior é que os nossos alunos continuam a ser prejudicados sem haver uma condenação e sem a escola ter uma hipótese de se defender”, conclui.

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