Inserido no Programa Nacional de Prevenção de Acidentes, o projecto, denominado "Bebés, crianças e jovens em segurança", é realizado em parceria com a Associação Portuguesa da Segurança Infantil (APSI), a Fundação MAPFRE e a DOREL Portugal.
Em Portugal, a mortalidade por acidentes não intencionais, até aos 19 anos, designadamente em acidentes de viação, representa 66% do total, adianta a DGS em comunicado.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso de um sistema de retenção, bem instalado e adequado ao peso e idade da criança, em caso de acidente, reduz o risco de morte entre 54% e 80%.
No âmbito do projecto, será desenvolvido um conjunto de acções de melhoria da segurança infantil e do nível de literacia em saúde e segurança na população portuguesa.
Os profissionais dos agrupamentos dos centros de Saúde e dos hospitais com maternidade irão receber formação para ficarem "capacitados e treinados na segurança e transporte da criança no automóvel, e na escolha e instalação do sistema de retenção mais adequado", refere a Fundação MAPFRE.
Já foram realizadas várias acções em Lisboa e no Porto, onde participaram 160 profissionais.
Em declarações à agência Lusa, a presidente APSI explicou que este projecto pretende dar recursos aos estabelecimentos de saúde para fazerem o aconselhamento às famílias, através da distribuição de brochuras, cadeirinhas e de um simulador de automóveis, onde os pais poderão treinar a sua instalação.
Sandra Nascimento salientou a importância do programa a nível da segurança rodoviária: "Houve um aumento de utilização de cadeirinhas. No entanto, temos observado que o transporte, a escolha e a instalação da cadeirinha, em metade dos casos, não estão feitos de forma correta".
"Os erros são muitos, alguns são muito graves e comprometem a segurança do bebé", sublinhou a presidente da APSI.
O protocolo do projecto de segurança rodoviária infantil é assinado hoje no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, numa cerimónia que contará com a presença do secretário Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Leal da Costa, do director-geral da Saúde, Francisco George, da presidente da APSI, Sandra Nascimento, de Filomeno Miro, da Fundação MAPFRE e do director-geral da DOREL, Paulo Anjos.