Há mais britânicos a estudar português
O General Certificate of Secondary Education (GSCE) é uma qualificação académica em vigor no Reino Unido.
© Reuters
País GSCE
A opção pelo estudo de línguas estrangeiras diminuiu no Reino Unido, perdendo destaque para áreas ligadas às ciências e tecnologias. Curiosamente, entre as línguas estrangeiras que os alunos britânicos podem estudar, o português foi das poucas línguas a ter um aumento de alunos.
Em causa está uma qualificação académica, o General Certificate of Secondary Education (GSCE), habitualmente obtida por alunos entre os 14 e os 16 anos. No Reino Unido, todos os alunos têm disciplinas obrigatórias, casos de inglês e matemática, mas também disciplinas opcionais que têm de escolher. E é neste campo que entram as línguas estrangeiras.
Conta o The Guardian que línguas como o francês, o alemão e o espanhol tiveram uma quebra no número de inscritos. Em sentido inverso, o mandarim, o árabe e o português subiram nas escolhas dos jovens estudantes britânicos.
Entre as línguas estrangeiras, o mandarim deu um ‘salto’ de 18% em relação ao ano anterior no número de inscritos, tendo agora 3.710 alunos. Logo de seguida surge o português, com uma subida no número de alunos na ordem dos 8,9%, enquanto o árabe teve 3,8%.
O The Telegraph recorre à Polónia (outra língua estrangeira com mais alunos este ano, embora com uma subida marginal) para sugerir que a emigração poderá ter contribuído para esta subida, havendo mais alunos a escolher estudar a sua língua nativa – o que ajuda também a perceber o decréscimo de línguas como o francês e o alemão, línguas de países com baixas
Citado pela imprensa inglesa, Vicky Gough, consultor na área de educação no British Council, alerta que o Reino Unido “corre o risco de se atrasar” em relação ao resto do mundo, no domínio de outras línguas.
Mesmo vendo como positivo o aumento de alunos de mandarim e português, Gough considera que “não é o suficiente para compensar” as quebras no número de estudantes de línguas. Neste campo, são mesmo as ciências e as tecnologias que estão cada vez mais a captar a atenção dos jovens alunos, enquanto o estudo de línguas mantém o seu declínio.
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