Depois das separações, muitos pais deixam de pagar as pensões de alimentos a que estão obrigados, o que levou a um aumento de processos em relação a igual período do ano passado.
“Desde o aumento do desemprego, à redução efetiva de rendimentos ou ao nascimento de outro filho no seio das famílias recompostas, há inúmeros fatores que levam as pessoas ao não pagamento”, explica Ricardo Simões, presidente da Direção da Associação Portuguesa pela Igualdade Parental e Direitos dos Filhos.
O responsável confirma ainda ao Jornal de Notícias que a emigração tem contribuído para estes números, sendo que muitas pessoas não conseguem cumprir o compromisso até estabilizarem a vida fora do país.
“Há progenitores que pedem ao tribunal uma redução na pensão de alimentos que, não sendo aceite, pode levar ao incumprimento”. O presidente da associação lembra ainda que muitos pais são impedidos de ver os filhos e “retribuem não pagando”, acabando por haver completos cortes de relações.