Na semana passada um movimento pró-tourada de Viana do Castelo cancelou uma corrida com anões por o tribunal ainda não ter decidido a providência cautelar que interpôs para contestar o indeferimento municipal à instalação de uma praça amovível na cidade. Um tribunal de Braga acabaria, também, por não autorizar a construção da praça.
Esta notícia trouxe de volta a polémica em torno da tauromaquia, com algumas vozes a apelarem ao fim da “barbárie da tortura dos animais para gáudio do sadismo público”, como o caso de Vital Moreira.
“Decididamente quando é que, perante a cobarde omissão do legislador, um tribunal tem a coragem de proibir estes espetáculos de degradação humana em nome da proteção constitucional da dignidade humana?”, indagou o ex-eurodeputado do PS, através do blogue Causa Nossa.
Gabriela Canavilhas, ex-ministra da Cultura, adiantou ao jornal i que o PS não tem uma posição oficial sobre o assunto mas deixou claro que, a título pessoal, é contra as touradas.
No entanto recorda que “80% dos portugueses não é a favor da extinção” desta prática e que, portanto, como a “esmagadora maioria dos portugueses está de acordo, não há razão para que seja posta em causa”.
Recorde-se que só o Bloco de Esquerda e o PAN se referem às touradas no programa eleitoral para as legislativas de 4 de outubro. Os outros partidos evitam a polémica.