Culpado por massacre pediu liberdade mas continuará preso

Há 18 anos que está preso e o seu pedido de liberdade condicional foi recusado, o que significa que vai cumprir os 25 anos a que foi condenado por um massacre em 1997.

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Notícias Ao Minuto
24/08/2015 09:06 ‧ 24/08/2015 por Notícias Ao Minuto

País

Amarante

José Queirós, agora com 67 anos e preso há 18 anos, protagonizou um dos episódios mais violentos de que há memória no país. Foi 1997, na discoteca Meia Culpa, em Amarante, que três homens armados regaram as mesas e sofás com gasolina, trancaram lá dentro os clientes e as empregadas e atearam fogo à discoteca. Este ataque aconteceu devido à rivalidade entre as duas discotecas.

Agora, José Queirós, dono de outra casa noturna, o Diamante Negro, e mandante do crime que terá tido na rivalidade o seu móbil, pediu a liberdade condicional, mas mais uma vez o Tribunal de Execução de Penas do Porto recusou, avança o Público.

O juiz tomou esta decisão por não acreditar que o agressor tenha assumido culpa no ataque que vitimou 13 pessoas.

"A não admissão da gravidade do seu comportamento, a não assunção da culpa e, consequentemente, a inexistência de verdadeiro arrependimento não permitem, neste momento, fazer um prognóstico favorável de que o condenado, quando colocado em liberdade não voltará a delinquir", sublinha o juiz.

José Queirós foi condenado a 25 anos de cadeia, a pena máxima em Portugal.

"Não vislumbramos como é que o condenado assume os factos e tem crítica e censura, quando imputa a terceiros", acrescenta o magistrado.

Os técnicos da Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais dão conta, porém, de que “o recluso verbaliza arrependimento pelos seus atos, não só pela morte das pessoas mas também pelas consequências espoletadas para si próprio”.

Também os três executores do crime foram condenados à pena máxima, mas um deles saiu em liberdade no ano passado.

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