É "preocupante" haver mais de mil professores sem componente letiva

A Federação Nacional da Educação (FNE) considerou hoje preocupante que tenham sido identificados mais de mil professores sem componente letiva, no âmbito das listas de colocação de docentes divulgadas ao início da tarde.

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Lusa
28/08/2015 17:23 ‧ 28/08/2015 por Lusa

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De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC) ficaram por colocar 373 professores de carreira dos Quadros de Agrupamento e de Escola sem componente letiva e 821 dos Quadros de Zona Pedagógica, números que a tutela espera ver reduzidos nas próximas semanas com o desenvolvimento de outros procedimentos de colocação.

" É certo que a totalidade das necessidades não fica preenchida, pelo que a FNE considera indispensável que nos próximos dias seja possível, através dos restantes mecanismos de contratação, proceder à colocação de professores, que em muitos casos estão no sistema há muitos anos", lê-se num comunicado emitido pela estrutura sindical.

A FNE diz ainda lamentar que o ministério desperdice recursos, ao não enquadrar professores qualificados e com muitos anos de serviço.

"É igualmente fundamental que o MEC assuma por inteiro a sua responsabilidade de garantir que todos os alunos terão direito aos seus professores desde o primeiro dia de aulas", acrescenta a FNE na posição divulgada após serem conhecidos os resultados dos concursos para contratação inicial e mobilidade interna de professores.

Num total de 13.130 docentes de carreira que entraram no concurso da mobilidade interna, foram colocados 11.936.

Em 25.296 candidatos a contratação inicial, foram colocados 2.833 professores em vagas consideradas necessidades transitórias das escolas.

Houve ainda 1.434 candidatos a renovação do contrato, dos quais 949 conseguiram manter o vínculo.

No âmbito das chamadas necessidades transitórias das escolas foram, assim, colocados 3.782 docentes a contrato, segundo os resultados hoje apresentados.

Por se tratar de ano de concurso interno e externo, todos os professores dos Quadros de Zona Pedagógica (QZP) tiveram de concorrer, o que se refletiu num número mais elevado de horários pedidos pelas escolas, aumento que o ministério atribui também à diversificação das ofertas educativas.

Os diretores escolares pediram o preenchimento de 17.850 horários, ficando agora resolvida a situação de 15.718 horários.

Os restantes, segundo o ministério, serão quase todos absorvidos pelos procedimentos concursais que se seguem, nomeadamente a Bolsa de Contratação de Escola (BCE), destinada às escolas TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária), havendo ainda duas reservas de recrutamento para situações que surgem no início do ano letivo, resultantes da substituição de docentes por doença ou maternidade.

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