Cabo Verde nomeia pela primeira vez cônsul geral para Portugal

O ministro das Relações Exteriores de Cabo Verde anunciou hoje a nomeação de Edna Marta Monteiro como primeira cônsul geral de Cabo Verde em Portugal para melhorar o atendimento consular.

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Lusa
07/09/2015 15:42 ‧ 07/09/2015 por Lusa

País

Diplomacia

"Esta é uma reivindicação antiga das nossas comunidades em Portugal, desta vez entendemos que já era tempo de termos um cônsul geral em Portugal para permitir o descongestionamento no tratamento das questões consulares", referiu Jorge Tolentino.

O ministro cabo-verdiano, que falava à imprensa depois de empossar Edna Marta Monteiro e quatro embaixadores, adiantou que a partir de agora a embaixadora de Cabo Verde em Portugal, Madalena Neves, dedicar-se-á exclusivamente às questões políticas e diplomática.

Edna Maria Monteiro Marta, que até agora era conselheira da embaixada de Cabo Verde em Lisboa, terá competência plena sobre todas as matérias e, segundo Jorge Tolentino, vai dar resposta à demanda que existe na embaixada cabo-verdiana.

"Penso que já é um bom sinal que o primeiro cônsul geral em Lisboa seja uma senhora, diplomata experiente e que certamente irá instalar o consulado da melhor forma e fazer caminho nesta matéria", prosseguiu Tolentino.

O governante cabo-verdiano informou que o país vai realizar "obras urgentes" na chancelaria em Lisboa para a poder alargar e construir um novo anexo para instalar o consulado "o mais rapidamente possível".

Segundo o relatório do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal de 2014, viviam em Portugal 40.912 cabo-verdianos, constituindo a segunda maior comunidade estrangeira, a seguir à brasileira.

Jorge Tolentino empossou ainda novos embaixadores para a China (Tânia Ramualdo), Alemanha (Jaqueline Pires Ferreira), Cuba (Daniel Oliveira) e Luxemburgo (Carlos Semedo).

Estava também prevista a nomeação do embaixador para a Guiné-Bissau, Felino Carvalho, mas Jorge Tolentino esclareceu que Cabo Verde submeteu a proposta às autoridades guineenses, que até agora não reagiram.

Salientando que há outros processos a decorrer, Jorge Tolentino admitiu que a crise institucional na Guiné-Bissau tem influenciado a nomeação. "É urgente termos o embaixador na Guiné-Bissau, mas não podemos pressionar o ritmo lá em Bissau", disse.

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