"Ainda não há dados concretos relativamente a esse aspeto, mas eventualmente pode-se adiantar outubro como uma possibilidade, mas essa é uma situação em permanente evolução", afirmou, em declarações aos jornalistas.
Falando em Amarante, à margem da cerimónia de lançamento das novas instalações do Destacamento Territorial da GNR naquela cidade, a ministra afirmou: "Esse é um tema que estamos a acompanhar com toda a atenção e a trabalhar, não só a nível técnico, como também na preparação da participação do Estado português no próximo Conselho de Justiça e Assuntos Internos que vai ter lugar na segunda-feira".
Recordando que o Estado português mostrou, desde a primeira hora, a sua disponibilidade para "receber e acolher os refugiados que carecem de proteção nacional", a ministra assinalou haver já um grupo de trabalho que está "a preparar todo o dispositivo que, no terreno, vai criar as melhores condições".
"É um trabalho que envolve não só as instituições do Estado, como também instituições particulares de solidariedade, câmaras municipais e toda a sociedade civil que tem demonstrado estar aberta a responder a esta necessidade humanitária", concluiu Anabela Rodrigues.
Portugal vai receber 3.074 refugiados, no âmbito da recolocação de mais 120 mil pessoas por todos os Estados-membros anunciada hoje pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
Segundo os números divulgados, Portugal vai acolher 400 refugiados que se encontram atualmente em Itália, mais 1.291 que estão na Grécia e 1.383 que chegaram à Hungria.