Universidades têm de ser cada vez mais autónomas, diz reitor de Coimbra

O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, reivindicou hoje mais autonomia para as instituições do ensino superior, de forma a que estas possam ser "internacionalmente competitivas".

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Lusa
23/09/2015 13:07 ‧ 23/09/2015 por Lusa

País

João Gabriel Silva

O reitor da Universidade de Coimbra (UC) sublinhou que "é indispensável existir, no desenho da administração pública portuguesa, uma figura jurídica própria para as universidades, que não se confunda nem com fundações nem com institutos públicos".

Ao alterar-se "algum aspeto dessas figuras jurídicas, as universidades tornam-se vítimas colaterais das regras pensadas para outro tipo de instituições com quem partilham o enquadramento jurídico".

Apesar de entender que a nova lei do Enquadramento Orçamental "é um excelente início" de um processo que dê mais autonomia às universidades, o reitor frisou que "ainda há muito trabalho a fazer".

João Gabriel Silva, que discursava na abertura solene das aulas da Universidade de Coimbra, exigiu ainda um reforço da "capacidade de atração internacional" das "melhores universidades" portugueses.

Na sua perspetiva, as instituições do ensino superior têm o potencial de ajudar o país "a ser um fornecedor de serviços de grande valor acrescentado para todo o mundo", ao mesmo tempo que "são o único setor que consegue atrair grande quantidade de gente jovem, de que este país envelhecido tanto precisa".

Durante o discurso, que decorreu na Sala dos Capelos, João Gabriel Silva abordou também as alterações na sua equipa reitoral, motivadas pelas saídas das vice-reitoras Helena Freitas e Margarida Mano.

Ambas independentes, Helena Freitas é a cabeça de lista do PS pelo distrito de Coimbra, e Margarida Mano, cabeça de lista da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS) pelo mesmo círculo eleitoral.

Face às duas saídas, João Gabriel Silva optou pela não entrada de novos elementos, tendo procedido a um rearranjo dos pelouros.

Por agora, Amílcar Falcão passa a integrar o Conselho de Gestão, coordena a relação da UC com os fundos estruturais e fica responsável pelo pelouro do desporto.

Luís Menezes assume os serviços de ação social e concentra em si as áreas do turismo, museus e património e Madalena Alarcão assume o planeamento e vai liderar o ensino à distância.

Vitor Murtinha fica responsável pela habitação universitária, sustentabilidade e energia, Joaquim Ramos de Carvalho reforça a intervenção na área de captação de estudantes estrangeiros e cooperação com instituições estrangeiras, e Clara Almeida Santos passa a tratar da relação com antigos estudantes, para além da comunicação, pasta que já coordenava.

A área financeira passa a ser coordenada pelo próprio reitor, mas "com um modelo muito mais descentralizado entre os vice-reitores, que estará em vigor pleno a partir do início do próximo ano civil".

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