O Ministério Público indicou este sábado que não vai dar à defesa de José Sócrates "acesso imediato" às provas de investigação do caso Operação Marquês.
De acordo com o Jornal de Notícias, o cumprimento desta decisão será adiado possivelmente até 19 de outubro ou até à conclusão da acusação, cujo prazo limite, com arguidos presos em casa, será atingido a 24 de novembro.
A publicação indica que, com a recusa em acatar a decisão do Tribunal da Relação de eliminar o segredo de justiça, o Ministério Público ganha tempo.
Os advogados do ex-primeiro-ministro acusam Rosário Teixeira de se recusar a cumprir a decisão da Relação.
De acordo com a mesma nota, entende-se que o procurador Rosário Teixeira pediu a aclaração da decisão tomada pelos juízes desembargadores Rui Rangel (relator) e Francisco Caramelo, que, na última quinta-feira, decidiram que não se justifica a continuação do segredo de justiça na Operação Marquês, pelo que a defesa de José Sócrates deve ter acesso a todos os autos da investigação.