Nuno Ferreira, de 39 anos, foi condenado a dois anos e quatro meses de prisão suspensa, pelo Tribunal de Valença, por ter molestado sexualmente uma aluna, de 16 anos, durante uma explicação.

No decorrer do processo a adolescente acabou por se suicidar, na opinião da família por “sentir que as instituições não acreditavam nela”, tendo posto fim à vida numa linha de comboio, em Vila Praia de Âncora, em Caminha.

Apesar de o caso ter sido inicialmente arquivado após a queixa à GNR, a família lutou para que justiça fosse feita e o professor acabou por ser julgado. No acórdão pode ler-se que, durante uma explicação, o professor beijou e apalpou a menor “nos seios e na zona genital”, tendo havido uma alteração da qualificação jurídica do crime de importunação para coesão sexual.

Para além da pena suspensa, o docente está proibido de exercer "qualquer profissão, função ou atividade que implique ter menores sob a sua responsabilidade, educação, tratamento ou vigilância", pode ler-se no acórdão.

Em declarações ao Jornal de Notícias, a família revela que, “na medida do possível, fez-se justiça”. “Agora só queremos fazer o luto em paz, porque ainda não o conseguimos fazer. Foram anos muito difíceis”, relembra Higino Rodrigues, o pai da menor.

A decisão será ainda passível de recurso no Tribunal da Relação.