As pulseiras de vigilância eletrónica foram criadas em 2002 para que a Justiça conseguisse manter ‘debaixo de olho’ aqueles que enfrentam penas de prisão domiciliária ou medidas de coação.
De há 13 anos para cá, o número de pessoas sujeitos a esta medida de segurança aumentou vinte vezes. Nos primeiros oito meses deste ano, 865 indivíduos ‘incorporam’ este dispositivo, cerca de 13% a mais do que em igual período do ano passado (756).
Segundo dados apurados pelo Jornal de Notícias, já foram atribuídas pulseiras a um total de 8.729 indivíduos desde a sua criação, sendo os casos de violência doméstica os mais comuns.
"Até janeiro de 2015, a maioria das pulseiras era aplicada a indivíduos a quem tinha sido imposta uma medida de coação. Já este ano, inverteu-se essa tendência. São agora os autores de violência doméstica que estão proibidos de contactar com as vítimas que usam mais este dispositivo", explicou a presidente da Associação Sindical dos Juízes ao JN.