Embora se trate de uma manifestação “com humor”, isso não significa menor determinação, por parte das pessoas que nela participam, em exigirem “a concretização do projecto do MM”, sustentou, em declarações aos jornalistas, o presidente do Movimento Cívico de Coimbra, Góis, Lousã e Miranda (MCCGLM), Jaime Ramos.
“Todos os políticos”, desde “governos a presidentes da República”, se “comprometeram com esta obra”, sublinhou Jaime Ramos, classificando como “um escândalo” a paralisação de um processo que já implicou a desactivação do Ramal da Lousã e a remoção dos carris para ali ser instalado um metropolitano ligeiro de superfície, ligando Serpins, Lousã e Miranda do Corvo a Coimbra.
“Não podemos deixar que a classe política se esqueça e mantenha este erro monstruoso”, sustentou Jaime Ramos, apelando aos políticos para que “cumpram as promessas” e se “portem de forma digna e honrada”.
“Mesmo a ‘troika’, que tem sido tão exigente para com Portugal”, se conhecesse a situação, “compreenderia que isto tem de ser concluído”, afirmou a presidente da câmara de Miranda do Corvo, Fátima Ramos (PSD), que também participou no desfile, tal como o autarca de Coimbra, João Paulo Barbosa de Melo (PSD).
O Governo, designadamente através do secretário de Estado dos Transportes, tem manifestado “receptividade” em relação ao problema, mas “isso não chega, é imperioso dizer a Bruxelas que deve apoiar este investimento”, defendeu a autarca, considerando que o projecto deveria ser co-financiado pela União Europeia.
