Numa nota hoje divulgada, a associação regista e lamenta "a opacidade com que o Governo tem tratado este melindroso assunto" e afirma estar a "acompanhar com toda a atenção as conjecturas, especulações e artifícios dos nossos governantes e de toda a imprensa nacional sobre os cortes dos quatro mil milhões de euros".
Os reformados, "especialmente interessados em matéria de pensões", repudiam serem "tratados como servos de um regime senhorial", eles "cumprem as suas obrigações, pagam e merecem as suas pensões", salienta a mesma nota, considerando que "este Governo não cumpriu, há-de pagar e não merece governar".
No domínio das pensões do regime contributivo, os reformados podem "demonstrar que é o Estado que deve aos regimes da Caixa Geral de Aposentações e da Segurança Social e não estes quem devem ao Estado".
O Governo "quer aproveitar a embalagem da ‘troika’ para alterar esta importante vertente do contrato social", mas não está "mandatado para isso" e "de submeter-se a votos", sustenta a APRe.
Em vez de "cortar no Estado social", o Governo deveria dar prioridade à "recuperação dos milhares de milhões de euros que colocou" no BPN, no BCP, no BANIF e no BPI e à "correcção dos desmandos da gestão da Caixa Geral de Depósitos", desafia a associação.