Os militares estão a ficar limitados quanto à capacidade de patrulhamento devido aos serviços requisitados por entidades públicas e privadas, avança o Jornal de Notícias.
O alerta surge por parte do comandante da GNR do Porto, o coronel Mariz dos Santos, que indica que a perda de efetivos nos últimos anos e a enorme carga “de atividades saturantes” – como notificações a pedido de tribunais e prestação de gratificados, fora do horário de trabalho, em eventos desportivos, festividades e outros – estão a causar esta limitação.
O coronel revela que até agosto foram realizadas 45.503 ações daquela natureza, o equivalente a uma média diária de 190, no geral, e de oito por cada posto policial.
O problema tem vindo a agravar-se com a diminuição do dispositivo nos últimos quatro anos. Uma vez que o efetivo atual é de 1.415 militares, mas em 2009 chegou a atingir os 1.630.
Este fator contribuiu para uma quebra na área da “fiscalização de policiamento geral”.
“O clima de tranquilidade que vem reinando na área do Comando Territorial do Porto, no que à questão da segurança e ordem pública diz respeito, deve-se essencialmente à generosidade, ao espírito de sacrifício, ao gosto pelo risco e vontade de ousar demonstrados por todos vós”, afirmou o coronel nas comemorações do dia do comando do Porto, em Santo Tirso.