Concentrados em grande maioria no molhe do porto comercial, de frente para o local do naufrágio, mas também no molhe interior sul do rio, os familiares lançaram flores ao rio Mondego, mas algumas pessoas voltaram a criticar a ação das autoridades no socorro aos náufragos, momento serenado pela entrada na barra de um arrastão, aplaudido pelos presentes.
"Lembrei-me disto para não deixar esquecer esta tragédia. É uma homenagem aos homens do mar que perderam a vida a 100 metros de casa", disse aos jornalistas Eduardo Domingues, impulsionador da vigília, aludindo ao naufrágio que ocorreu junto ao molhe sul quando o Olívia Ribau entrava na barra, na passada terça-feira.
Eduardo Domingues afirmou que os "erros [no socorro às vítimas, alegação repetida pelos críticos mas recusada pela Autoridade Marítima] têm de ser reparados para o futuro, o mais rápido possível".
Manifestou-se ainda "aflito" por não estar à espera de "tanta gente" na homenagem e garantiu que para o ano, a 06 de outubro, data do naufrágio, os familiares e amigos, vão regressar ao local.
Quando o arrastão Scorpius, de Aveiro, passou no rio junto à vigília, apitou e os participantes acenaram, choraram e aplaudiram.
No final da vigília, cerca de três dezenas de familiares das vítimas rumaram para junto do edificio da Capitania, em novo protesto contra a operação de resgate.
No arrastão Olívia Ribau naufragado na terça-feira passada à entrada do porto da Figueira da Foz, seguiam sete pescadores. Dois foram resgatados com vida, uma hora depois do acidente, por uma moto de água da Polícia Marítima e cinco morreram.