José Sócrates foi detido em novembro, mas o Ministério Público acredita que continuou a desenvolver um alegado esquema de branqueamento de capitais na cela do Estabelecimento Prisional de Évora, avança o SOL.
Segundo o mesmo semanário, a suspeita prende-se com a suposta renegociação de um empréstimo através do qual conseguiu 100 mil euros, bem como com uma transferência no valor de 10 mil euros.
A destinatária do dinheiro terá sido a mesma: Sofia Fava. A ex-mulher de Sócrates terá tido dificuldades em conseguir pagar as mensalidades da propriedade que adquiriu no Alentejo, mas que o Ministério Público acredita tratar-se de património do ex-primeiro-ministro.
Ainda de acordo com o SOL, no início deste ano, Sofia Fava tinha apenas 90 cêntimos na sua conta. Um valor com o qual nunca conseguiria fazer face à despesa de 4.100 euros de prestação mensal da habitação. Como conseguiu então pagar? Diz o Ministério Público que terá sido graças a uma renegociação de crédito que o socialista conseguiu fazer na CGD, tendo dado 100 mil euros à ex-mulher. Com este valor, Sofia pagou a prestação, pagou aos advogados de Sócrates e realizou, ainda, uma transferência à XLM, empresa de Santos Silva.
Em março, foi o atual companheiro de Sofia Fava a pagar a prestação, mas pouco tempo depois foi encontrada uma nova transferência de Sócrates desta vez de 10 mil euros.
É por isto que o Ministério Público suspeita que o esquema de branqueamento de capitais terá continuado mesmo com Sócrates e Santos Silva presos.