Greve de enfermeiros na Madeira com adesão de 65%

O Serviço de Saúde da Madeira informou hoje que a taxa de adesão no primeiro dos dois dias da greve dos enfermeiros foi de 65% e provocou o cancelamento de 18 cirurgias, enquanto o sindicato aponta para 85%.

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Lusa
02/11/2015 19:36 ‧ 02/11/2015 por Lusa

País

Saúde

Segundo o Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM), a paralisação destes profissionais de saúde rondou os 82% na área dos cuidados hospitalares e os 48% nos cuidados primários.

A mesma informação refere que, devido à greve, foram canceladas 18 cirurgias programadas no hospital do Funchal e algumas consultas, sem especificar o número.

Por seu turno, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros da Madeira, Juan Carvalho, disse à agência Lusa que, após análise dos dados apurados pela estrutura sindical, "mantém os 85% de adesão [registada] nos turnos da noite, manhã e tarde de hoje".

Na opinião deste sindicalista, "a discrepância entre os números do sindicato e os do SESARAM deve-se ao facto de, em alguns serviços, terem sido convocados enfermeiros que estão a recibo verde para 'furar' o efeito da greve".

O Sindicato de Enfermeiros da Madeira convocou esta greve para hoje e terça-feira no arquipélago, reivindicando a harmonização salarial entre enfermeiros com contrato individual de trabalho e protestando contra a discriminação entre estes profissionais.

Este sindicato considera "inadmissível que, na sequência do acordo alcançado com o Ministério da Saúde no passado dia 29 de setembro, a secretaria Regional da Saúde e o Serviço Regional de Saúde da Madeira teimem em manter a crónica situação de discriminação salarial entre enfermeiros".

No dia 09 de outubro, o sindicato reuniu com os responsáveis do SESARAM para debater a situação, acabando por recusar a proposta de só haver esta harmonização salarial na região a partir de janeiro de 2016 para os enfermeiros com contrato individual de trabalho, quando esta situação foi resolvida a nível nacional com efeitos a 01 de outubro.

Na ocasião, o dirigente sindical, Juan Carvalho, explicou que, de "1.480 enfermeiros que estão ao serviço do SESARAM, 570 estão em contrato individual, a ganhar menos 180 euros que os colegas da função pública", uma situação que considerou injusta, pois são profissionais "com o mesmo conhecimento, as mesmas competências, no mesmo serviço e que fazem as mesmas coisas".

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