"É um prémio que se destina exclusivamente aos alunos de iniciação (POR1000 - Elementary Portuguese) para chamar a atenção para o português, para evidenciar que dá mesmo asas, para mostrar aos alunos que é possível aprender português na Universidade de York", afirmou a professora Inês Cardoso.
A docente disse ainda que é um prémio que reflete o compromisso do programa de Estudos Portugueses e Luso-brasileiros e da Faculdade - Faculty of Liberal Arts and Professional Studies - de investir em iniciativas de Educação Experimental: "com este prémio, o estudante terá a oportunidade de praticar competências comunicativas em contextos reais de uso".
O aluno agraciado vai receber uma viagem ao arquipélago dos Açores, Portugal, oferecida pela SATA - Azores Airlines, que patrocina o prémio.
A docente do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, doutorada em Didática de Língua, a lecionar na York, recordou que "esta oportunidade de imersão única se soma a outras atividades desenvolvidas pelo programa para promover um maior envolvimento com a língua e com as culturas que nela se expressam".
O programa de Estudos Portugueses e Luso-brasileiros foi criado originalmente em 2008, na altura com a denominação de Estudos Portugueses e apresenta um caráter interdisciplinar.
A disciplina de iniciação ao português conta atualmente com 25 alunos, tendo o programa 100 alunos no total.
"Tem havido um crescimento de alunos de outras etnias que não as lusófonas. Muitos alunos desejam aprender português e conhecer melhor as suas raízes, enquanto outros aspiram a viajar e a trabalhar em algum ou com algum país lusófono, ou diretamente com as comunidades falantes de português no Canadá", acrescentou a professora.
Inês Cardoso referiu ainda que outros alunos chegam ao programa "motivados por experiências anteriores positivas e marcantes com várias expressões culturais lusófonas - como, por exemplo, a música e a dança -, pretendendo saber mais".
O programa Estudos Portugueses e Luso-brasileiros garante também aos alunos uma "vasta oferta de atividades de Educação Experimental não só no campus universitário mas também noutros contextos sociais".
Algumas destas oportunidades traduzem-se na inserção profissional em empresas que fazem uso da língua portuguesa - a SATA foi uma delas -, em eventos interativos, iniciativas culturais e também na inclusão, nas aulas de língua, de voluntários com fluência assinável em português.
Estudam atualmente na Universidade de York cerca de 60 mil alunos.