Mais fiscalização do automóvel melhora mobilidade nas cidades

Especialistas na área da mobilidade defenderam hoje que deve haver uma maior fiscalização no estacionamento, limitação da circulação de automóveis nos centros urbanos e políticas de incentivo à deslocação a pé ou de bicicleta.

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Lusa
01/03/2013 14:54 ‧ 01/03/2013 por Lusa

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A Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, é hoje palco de um debate sobre os desafios e tendências da mobilidade e do estacionamento em Portugal, num encontro que conta com vários especialistas do sector.

Em declarações à agência Lusa, o especialista francês Olivier Lourdel disse ser fundamental "não facilitar a deslocação de carro", através de multas e conceder "vantagens nos impostos" a quem cumpre, ou ainda "incentivos para o uso de bicicleta".

"Enquanto não houver mais controlo para afastar os carros das cidades vai ser difícil melhorar a mobilidade e o ambiente e o que se passa em Portugal, bem como noutros países da Europa, é que há falta de decisões políticas que apostem em mudanças radicais", afirmou Olivier.

Segundo o também director da Altermove (empresa francesa com soluções alternativas de mobilidade), a mobilidade nas cidades não se pode limitar aos transportes públicos e deve haver coragem para medidas radicais.

"Não queremos mais autocarros ou táxis, queremos mais bicicletas e pessoas a andar a pé. Para isso, deve haver coragem de, por exemplo, taxar a circulação automóvel, ou tornar os acessos muito mais difíceis por carro, com desvios de trajecto mais demorados e criar formas de educar e incentivar as pessoas ao uso de bicicletas", sustentou.

Para Olivier Lourdel, a mudança já está a acontecer, mas é preciso fazer mais, até porque, sublinhou, "os níveis de CO2 nas cidades estão a atingir níveis insuportáveis".

Outros especialistas que hoje intervieram na conferência lembraram a necessidade de mais fiscalização no estacionamento.

"Se queremos construir cidades e ordenamento das zonas urbanas, temos de fiscalizar e garantir que todas as regras de estacionamento sejam implementadas a bem do cidadão, embora muitas vezes haja contestação", afirmou Luís Garcia, da Zetes Burótica, uma empresa de soluções de mobilidade.

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