Com o lema 'Que se lixe a troika, o povo é quem mais ordena', a manifestação coincide com a presença da delegação da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), em Lisboa, para fazer a sétima avaliação do memorando de entendimento.
O movimento 'Que se lixe a troika', que organizou uma das maiores manifestações realizadas em Portugal, a 15 de Setembro do ano passado, prevê para hoje vários e enormes protestos pelo País.
"Vai ser uma manifestação gigante. Se vai ser maior ou não do que a de 15 de Setembro, não importa. O importante é sentir o pulso da sociedade, que é uma sociedade profundamente revoltada, desiludida e zangada com o rumo que tudo está a levar", disse à agência Lusa uma das subscritoras do apelo, a jornalista Myriam Zaluar.
Vários movimentos, deputados e militantes do PS, BE e PCP e os presidentes das três associações socioprofissionais de militares vão marcar presença nas manifestações, que contam também como a adesão da central sindical CGTP.
Em Lisboa, está também previsto que cinco "marés" - da educação, da saúde, dos reformados, a maré feminista e do arco-íris - se juntem à manifestação que vai sair do Marquês de Pombal e desaguar no Terreiro do Paço, onde está montado um palco para, às 18:30, se entoar "Grândola, Vila Morena".
A canção de José Afonso vai ser também cantada à mesma hora nas restantes cidades que acolhem as manifestações, que têm início marcado para as 16:00.
No Porto, a manifestação tem local marcado para a praça da Batalha, e vai contar também com as 'marés' dos direitos humanos, a cultural, da educação e dos reformados.
No estrangeiro, a 'Grândola, Vila Morena' vai também ouvir-se em Barcelona, Boston, Budapeste, Estocolmo, Londres, Madrid e Paris.
Para Lisboa, estão ainda previstos dois outros protestos junto à Assembleia da República - um surgiu na rede social do Facebook e tem como objectivo "o cerco ao Parlamento", o outro é organizado pelo Movimento Amorcracia em Portugal, e será uma manifestação silenciosa para meditação.
A PSP já anunciou que o policiamento para as manifestações vai ser "o adequado e necessário", para garantir a segurança.
Sem especificar o número de agentes, a PSP refere que vai ter no terreno elementos da Unidade Especial de Polícia, através do Corpo de Intervenção, e efectivos do Comando Metropolitano de Lisboa.
As manifestações marcadas para hoje têm sido antecedidas por diversos protestos, junto de governantes, quase sempre ao som de 'Grândola, Vila Morena'.