Os dadores de sangue têm atualmente isenção de pagamento de taxas moderadoras relativas à prestação de cuidados de saúde primários do SNS (centros de saúde e unidades de saúde familiar).
Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas durante uma visita que decorre durante o dia de hoje ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
Embora as questões relacionadas com as taxas moderadoras ainda estejam a ser objeto de estudo, o ministro, questionado pelos jornalistas, antecipou que vai ser reparado "algo que foi muito mal feito", do ponto de vista do Governo, que "foi a retirada da isenção [de taxas moderadoras] para os dadores de sangue".
"Nós iremos repor essa isenção para os dadores de sangue para todas as condições de acesso, não apenas [para] cuidados de saúde primários, que já existe, mas também para cuidados de saúde hospitalares", assegurou.
O ministro considerou que o anúncio feito pelo Governo sobre alterações às taxas moderadoras "foi mal interpretado pelos partidos da oposição, porque disseram que estávamos a anunciar coisas que já existiam".
Mas "bastaria que nós reduzíssemos globalmente o valor [das taxas moderadoras] para não estarmos a anunciar coisas que já existem", sustentou Adalberto Campos Fernandes, assegurando que o Governo irá "muito mais longe".
"Os portugueses quando conhecerem a nossa proposta legislativa perceberão a diferença entre uma leitura administrativa da regra económica e dificuldade do acesso e confusão entre taxas moderadoras e copagamentos e aquilo que é uma leitura de modelação do acesso e da regulação fina dos direitos de acesso", sublinhou.
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