Aumentou o crime com recurso a smartphone ligados internet, em que hackers e burlões acedem a dados pessoais.
A Polícia Judiciária de Lisboa tem mais de 500 inquéritos por acessos a sistemas, disse ao Diário de Notícias Carlos Cabreiro, coordenador da secção do crime informático da diretoria de Lisboa da PJ.
Através dos smartphones, usados em Portugal por mais de cinco milhões de consumidores, também é possível aceder a contas bancárias, passwords e usernames de contas ou páginas privadas e, assim, exigir entrega de dinheiro para não divulgar fotografias ou esses dados.
No total, em 2015 a PJ de Lisboa chegou registou 858 inquéritos abertos por crimes informáticos, dos quais 500 são por ciberataques, 250 por pedofilia na internet, 70 por extorsão sexual e 30 por crimes praticados contra as pessoas na internet (injúrias, difamação, entre outros).
“Os dispositivos móveis são vulneráveis a intrusões”. Há que estar atento a mensagens de correio eletrónico e páginas web falsas e apostar numa cultura de utilização responsável e ter uma preocupação acrescida com a segurança informática”, alerta Carlos Cabreiro.
Mas baste uma palavra passe para cometer um crime: “começam com um furto de identidade nas redes sociais […] A partir daí podem utilizar a sua página no Facebook e enviar mensagens aos seus amigos, como se fosse você a escrevê-las. E apelar em mensagens privadas no chat, por exemplo, a que lhe enviem dinheiro”.
“Tem acontecido muito este tipo de intrusão no Facebook para burlar”, refere Carlos Cabreiro.