O ano não começou da melhor maneira para Jorge Nuno Pinto da Costa e Antero Henriques. Notícia avançada pelo jornal i revela que os dois dirigentes portistas foram acusados pelo Ministério Público pelo crime de recurso à atividade de segurança privada ilegal.
A par dos dois responsáveis pelo FC Porto são arguidas outras 51 pessoas – uma coletiva – pelos crimes de associação criminosa, extorsão, ofensas à integridade física, entre outros.
Os procuradores do Ministério Público, escreve o jornal i, acreditam que Pinto da Costa e Antero Quental estavam cientes do facto de a empresa SPDE não ter autorização das autoridades para exercer as funções de segurança pessoal, mas, ainda assim, usufruiriam destes serviços.
Mais ainda. Os seguranças da empresa liderada por Eduardo Silva – visto várias vezes na companhia de Pinto da Costa – estariam encarregues de vigiar os jogadores da equipa principal do FC Porto. O relatório era depois entregue a Edu Silva que faria chegar a informação a Antero Henrique e este, por sua vez, transmiti-la-ia ao presidente portista.
Ainda segundo o jornal i, Bruno de Carvalho, presidente do Sporting Clube de Portugal, e Anselmo Ralph, conhecido cantor angolano, terão chegado também a ser investigados, mas surgem agora no processo apenas como testemunhas. Os procuradores acreditam que tanto o dirigente leonino como o artista usufruíram dos serviços da SPDE sem saberem, contudo, que a empresa não tinha autorização para exercer tais funções.
Dos 53 arguidos, 13 estão em prisão preventiva desde julho do ano passado. O prazo para a dedução da acusação por parte do Ministério Público terminava hoje. Se o inquérito não tivesse sido concluído, os arguidos teriam que sair em liberdade.