O anúncio foi feito na Biblioteca Municipal José Saramago, em Loures, nos arredores de Lisboa, tendo a palavra "Refugiado", que desde o início liderou as escolhas dos cibernautas, saído vencedora com 31% dos votos expressos.
Desde o início de dezembro último, quando abriu a votação 'online' em www.palavradoano.pt, participaram na escolha "mais de 20.000" cibernautas, disse à Lusa fonte do grupo editorial.
A cerimónia do anúncio da Palavra do Ano 2015 contou com a presença de Rui Marques, da Plataforma de Apoio aos Refugiados.
À palavra "Refugiado" seguiu-se, em segundo lugar, com 17% dos votos, o vocábulo "Terrorismo" e, em terceiro, com 16% de 'cliques', "Acolhimento".
O quarto posto é ocupado por "Esquerda", com 8% dos votos, logo seguida de "Drone", com 7%, que ficou a meio da tabela.
Os cinco últimos lugares são ocupados por "Plafonamento", com 6%, "Bastão de selfie", com menos um ponto percentual (5%), "Festivaleiro" (4%), e os dois últimos, ambos com 3% dos votos, são os vocábulos "Superalimento" e "Privatização".
No início de dezembro, quando apresentou o vocábulo "Refugiado" para fazer parte da lista das dez palavras a concurso, a Porto Editora realçou o contexto sociopolítico, designadamente "o incremento de conflitos armados e a rápida desestruturação social nos países do Médio Oriente, particularmente na Síria, [que] originou um êxodo massivo de pessoas que, deixando tudo para trás, na esperança de encontrarem um futuro melhor na Europa, arriscam a vida em processos migratórios altamente perigosos, e que muitas vezes têm um final trágico".
A palavra "Esmiuçar" foi a vencedora da primeira edição desta iniciativa, em 2009. Em 2010, venceu "Vuvuzela" e, em 2011, "Austeridade". Em 2012, a palavra escolhida foi "Entroikado" e, em 2013, "Bombeiro". No ano passado, a palavra eleita foi "Corrupção".