A defesa de José Sócrates decidiu pressionar o Conselho Superior do Ministério Público no sentido de ver castigado o procurador António Ventinhas.
A 16 de dezembro, os advogados que representam o antigo primeiro-ministro dirigiram uma denúncia à Procuradora-Geral da República no seguimento das declarações proferidas pelo Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público que o seu cliente considerou ofensivas.
Comentando uma entrevista dada por Sócrates à TVI, António Ventinhas afirmou que o principal arguido é o responsável pela existência do Processo, porque “se não tivesse praticado atos ilícitos, o processo não teria acontecido”, acrescentado que os portugueses devem “decidir se querem perseguir políticos corruptos, se querem acreditar nos polícias ou nos ladrões”.
Até ao momento, alega a defesa do socialista num comunicado enviado à imprensa, “não obstante a gravidade das declarações em causa, [a denúncia] não teve seguimento que se conheça.
Desta feita, “enviou agora a todos os membros do Conselho Superior do Ministério Público a missiva” datada de meados de dezembro.
O que João Araújo e Pedro Delille pretendem é “que sejam promovidos urgentemente, no âmbito da competência disciplinar desse Conselho Superior, os procedimentos adequados à reparação das ofensas, à reposição do Direito e à salvaguarda da dignidade do Ministério Público e da confiança que ele deve merecer”.