Universidades enfrentam "contexto de rara exigência"

O presidente do Conselho Geral da Universidade de Évora, Armindo Monteiro, alertou hoje para o "contexto de rara exigência" que as universidades portuguesas enfrentam, devido às restrições financeiras e à competitividade a nível internacional.

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Lusa
14/01/2016 17:00 ‧ 14/01/2016 por Lusa

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Évora

Em 2015, disse, "a missão das universidades" enfrentou um "contexto extremamente adverso", marcado por "fortes restrições financeiras, exigências burocráticas e limitações à autonomia universitária", o que perturbou "o normal funcionamento" e "condicionou o desenvolvimento" destas instituições.

Agora, "o ano que se avizinha", acrescentou, "continuará a ser marcado por uma forte competitividade entre instituições universitárias, quer pela captação de financiamento, quer pela atração de talento".

Segundo Armindo Monteiro, que discursava na sessão de abertura do II Encontro de Presidentes dos Conselhos Gerais das Universidades Portuguesas, a decorrer na Universidade de Évora (UÉ), estas instituições enfrentam, pois, "um contexto de rara exigência".

"Em 2016, simultaneamente com uma gestão rigorosa dos seus recursos, as universidades terão de continuar a apostar num ensino de excelência, numa produção científica competitiva, na internacionalização e na transferência de conhecimento para o tecido socioeconómico", indicou.

As universidades, disse, "não podem falhar porque Portugal não pode falhar" e "o único caminho de futuro" para o país passa pela "educação, cultura e qualificações de nível superior, ou seja, "passa, naturalmente, pelas universidades".

Em declarações à agência Lusa, no final da cerimónia, o presidente do Conselho Geral da academia alentejana insistiu que, devido à "situação em que o país se encontra", as restrições financeiras "não vão desaparecer de um momento para o outro".

"E, além destas dificuldades financeiras, o setor do ensino superior está, neste momento, numa competição pelos melhores alunos a nível mundial", pelo que as universidades portuguesas têm de "encontrar soluções para reter os alunos" nacionais e "atrair os melhores alunos", pelo que "devem trabalhar em conjunto", argumentou.

Estas são algumas das questões que estão a ser abordadas no II Encontro de Presidentes dos Conselhos Gerais das Universidades Portuguesas, que decorre até sexta-feira na UÉ (o primeiro foi realizado em 2013, em Braga).

O objetivo do encontro, à porta fechada, segundo Armindo Monteiro, passa por promover "a partilha de experiências" entre Conselhos Gerais universitários e abordar "a situação das universidades face aos desafios do futuro".

Os Conselhos Gerais das Universidades Portuguesas surgiram em 2007, como órgãos máximos de governo das Instituições de Ensino Superior (IES), na sequência da alteração do seu Regime Jurídico.

Os Conselhos Gerais aprovam documentos estratégicos para as IES e são responsáveis bem pela eleição dos reitores, entre outras competências.

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