Segundo informação à imprensa do comando local de Faro, a apreensão decorreu no âmbito de uma ação de fiscalização, em que a Polícia Marítima acompanhou os movimentos de algumas embarcações, abortando a operação de transbordo do pescado para uma viatura.
"Os pescadores, após aperceberem-se da aproximação dos agentes da polícia, puseram-se em fuga nas embarcações, abandonando na margem três recipientes de pepinos-do-mar", disse à Lusa o comandante Paulo Isabel, acrescentando que no decurso das diligências no local "foi identificada uma cidadã que aguardava junto à viatura, suspeita de ser a recetadora da referida espécie".
De acordo com a fonte da Polícia Marítima, os pepinos-do-mar são muito apreciados pela comunidade asiática e chegam a ser transacionados ao consumidor final, em Portugal, a um preço entre 150 e 200 euros por quilo, o que significa que os invertebrados apreendidos têm um valor de mercado de 18 a 25 mil euros
O pescado apreendido ainda estava vivo e foi de imediato devolvido ao mar.
"A legislação não prevê a apanha desta espécie e limita a sua captura até 2,0 kg por pessoa, explicou Paulo Isabel: "Estamos agora mais atentos a este tipo de atividade", acrescentou.
A maioria dos pepinos-do-mar tem cor preta ou verde-oliva e mede entre 10 e 30 centímetros, embora algumas espécies tenham apenas 3 centímetros e outras, no extremo-oriente, cheguem a ter dois metros de comprimento.
São animais lentos que vivem no fundo do mar, na areia ou na lama e alimentam-se de matéria orgânica misturada com a areia, que apanham com os tentáculos retráteis presentes ao redor da boca.
Na China e outros países do extremo-oriente, os pepinos-do-mar são considerados uma iguaria de grande qualidade.