José Veiga vai continuar a ser ouvido amanhã no Palácio de Justiça

O inquérito judicial ao empresário José Veiga, detido na quarta-feira por suspeita dos crimes de corrupção, tráfico de influências e participação em negócio, entre outros, foi hoje interrompido ao final da tarde e será retomado no domingo.

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Lusa
06/02/2016 22:10 ‧ 06/02/2016 por Lusa

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Empresários

Segundo a CMTV, o inquérito foi interrompido pelas 19:30 de hoje, e José Veiga continuará a ser ouvido pelo juiz Carlos Alexandre, no Palácio da Justiça, em Lisboa, a partir das 09:30 de domingo.

Também na quarta-feira, e no âmbito do mesmo processo, foram detidos o advogado Paulo Santana Lopes e uma advogada, que já foram ouvidos por Carlos Alexandre.

As medidas de coação dos três detidos só serão anunciadas depois de terminado o inquérito a José Veiga.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), existem suspeitas dos crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, tráfico de influência, fraude fiscal e participação económica em negócio na compra e venda de ações de uma instituição financeira estrangeira, ações detidas por uma instituição de crédito nacional.

A investigação tem dimensão internacional, apresentando ligações com os continentes europeu, africano e americano, acrescenta uma nota da PGR adiantando que esta a ser também investigada a origem de fundos movimentados noutros negócios em que são intervenientes os suspeitos, nomeadamente, a celebração de contratos de fornecimento de bens e serviços, obras públicas e venda de produtos petrolíferos.

No âmbito de um inquérito, dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) realizaram-se na quarta-feira várias diligências, designadamente cerca de três dezenas de buscas a domicílios e sedes de empresas, a uma instituição bancária e a três escritórios de advogados.

Os detidos, alegadamente, celebravam contratos de fornecimento de bens e serviços relacionados com obras públicas, construção civil e venda de produtos petrolíferos, entre diversas entidades privadas e estatais.

Os proventos gerados com esta atividade eram utilizados na aquisição de imóveis, veículos de gama alta, sociedades não residentes e outros negócios, utilizando para o efeito pessoas com conhecimentos especiais e colocadas em lugares privilegiados, ocultando a origem do dinheiro e integrando-o na atividade económica lícita, acrescenta o documento.

Na operação foram ainda apreendidos vários imóveis, viaturas de alta gama e saldos bancários.

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