"Reportando-nos ao último ano, e sem termos em conta as perspetivas de crescimento que tínhamos para 2016, estamos seguramente a falar de mais de meio milhão de euros de prejuízo", afirmou Carlos Varandas, em declarações à agência Lusa.
O responsável explicou que as poucas vezes que caiu neve na Serra da Estrela, na Covilhã, distrito de Castelo Branco, não foi em quantidade suficiente para pôr a funcionar as pistas e que, além disso, as temperaturas que se têm registado também não permitiram recorrer à produção de neve de cultura (artificial).
"Temos condições técnicas para fazê-lo, mas com temperaturas elevadas como as deste ano torna-se impossível", acrescentou.
Segundo Carlos Varandas, a estância, que deveria ter aberto no início de dezembro, já conta com 70 dias de encerramento, quando no último ano, por esta altura, tinha registado 58 dias de funcionamento.
"É efetivamente um ano para esquecer, porque, mesmo que ainda consigamos abrir, já não há forma de compensar o que está para trás", lamentou.
Este ano, lembrou, a Turistrela, empresa concessionária do turismo e desportos de inverno na Serra da Estrela, que é proprietária da estância, levou a cabo um conjunto de "melhorias significativas", num investimento global de cerca de 700 mil euros.
Um investimento que dotou a estância de novos meios mecânicos e estruturas e que deveria contribuir para aumentar o número de praticantes de esqui, sendo que o objetivo traçado era o de passar a meta dos 30 mil esquiadores registados na última época e chegar aos 50 mil.
A estância de esqui da Serra da Estrela está localizada em pleno maciço central da montanha e tem 19 pistas de esqui com diferentes graus de dificuldade.