Táxis parados na Portela. Taxista queixa-se de Uber e acaba multado

Uma queixa de um taxista sobre um motorista de um carro da Uber acabou por resultar numa manifestação espontânea em pleno Aeroporto da Portela, em Lisboa. Federação Portuguesa do Táxi diz já ter recebido contacto da secretaria de Estado do Ambiente.

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Anabela de Sousa Dantas com Patrícia Martins Carvalho
24/02/2016 16:08 ‧ 24/02/2016 por Anabela de Sousa Dantas com Patrícia Martins Carvalho

País

Lisboa

Está em curso uma "manifestação espontânea" de motoristas de táxi contra a Uber no Aeroporto de Lisboa, confirma a Federação Portuguesa do Táxi (FPT). Esta ação eclodiu após uma denúncia de um transporte da Uber feita por um dos motoristas de táxi presentes no aeroporto. Chamadas ao local, as autoridades identificaram e multaram o motorista de táxi por este ter bloqueado o veículo da Uber.

Eduardo Cacais, da FPT, refere ao Notícias ao Minuto que os "táxis estão todos parados" no Aeroporto da Portela e que não se demovem "enquanto não houver uma resposta por parte do poder político", mantendo a manifestação "de forma correta e sem causar distúrbios", ainda que lamentando os incómodos causados aos passageiros.

O representante indicou, ainda, que os presidentes quer da FPT quer da ANTRAL estão reunidos com a administração da ANA - Aeroportos de Lisboa para discutir o assunto e para "sensibilizá-los". De seguida, os representantes da FPT "vão dirigir-se à Assembleia e esperemos ter uma resposta no sentido de ver essa situação resolvida".

O comando de Lisboa da PSP indicou ao Notícias ao Minuto que não tem, até ao momento, registo de qualquer ocorrência, confirmando apenas que existe uma paralisação no local desde as 14h40 mas sem registo de distúrbios.

 "Dá a sensação que o crime compensa"

Eduardo Cacais refere que esta situação "é um barril de pólvora" pois "os motoristas de táxi e os grupos de trabalho pertencentes à Federação e à própria ANTRAL têm lutado contra esta situação discriminatória, que algumas pessoas com responsabilidades políticas dizem que a concorrência é saudável".

"A concorrência não é saudável se uns têm que pagar tudo e mais alguma coisa e outros não pagam nada", vinca o delegado.

Queixando-se de que "toda a gente se mostra sensível ao assunto" mas que até hoje "não foi encontrada nenhuma solução", Eduardo Cacais explica que "dá a sensação que o crime compensa", uma vez que os motoristas de Uber continuam a atuar.

[Notícia atualizada às 16h42]

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