Grávida de 20 semanas e dois dias, Sónia Lima, a mãe que se atirou ao rio Tejo com as filhas, deslocou-se pela primeira vez em 2011 ao serviço de urgência do Hospital Amadora-Sintra. Disse ter sido agredida mas os exames realizados não confirmaram motivos de preocupação. Por isso teve alta e regressou a casa, revela a SIC Notícias.
Em junho de 2013 foi ao Centro de Saúde da Amadora. Tinha um ferimento no queixo resultado de uma queda, segundo disse a própria à médica que a observou. Tratou-se, avança a estação de Carnaxide, de um pequeno corte com sinais de infeção que não precisou de ser suturado.
Mais tarde, em abril de 2015 voltou ao Amadora-Sintra, após uma alegada queda. Apresentava um novo corte no queixo com hemorragia e queixou-se de dores na perna direita. Foi medicada mas acabou por abandonar o hospital ainda antes de lhe ser dada alta.
A 11 de novembro do ano passado, já a relação com Nelson Ramos havia terminado, Sónia Lima regressou às urgências do Amadora-Sintra mas desta vez na companhia das duas filhas, Samira e Viviane. Foi quando acusou o pai de abuso sexual da filha mais nova, denúncia que nunca foi confirmada.
Além disso, destaca a SIC Notícias, referiu também, e pela primeira vez, ser vítima de violência doméstica. Informação que chegou à Segurança Social, PSP, Polícia Judiciária (PJ), APAV e Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Amadora.
O pai recusa as acusações de quaisquer abusos sexuais mas admite violência doméstica nos últimos meses da relação com Sónia Lima, lembrando porém que chegou também ele a apresentar várias queixas contra a ex-companheira, que, recorde-se, está detida na ala psiquiátrica no Hospital-prisão de Caxias, devido a perturbações mentais causadas por uma eventual depressão grave.