Segundo a informação recolhida pela Lusa no site online da ANA, cerca das 8:00, estavam canceladas 11 ligações aéreas entre França e Portugal, e vice-versa, devido à greve de controladores aéreos franceses, que afeta outros voos europeus.
A paralisação, convocada pela segunda força sindical do setor (USAC-CGT), decorre no quadro de uma greve-geral contra a reforma laboral e de uma greve específica dos funcionários públicos.
Cerca de 20% dos voos programados para hoje no aeroporto de Paris-Orly vão ser cancelados e um terço dos voos previstos para Marselha também, segundo as autoridades aéreas francesas.
Os voos previstos de Lisboa com destino a Paris-Orly, das 12:00 e das 19:05, encontram-se cancelados no site da ANA, bem como três ligações de Paris-Orly com destino à capital portuguesa (12:20, 17:35 e 18:30).
Também os voos com partida do aeroporto Sá Carneiro, no Porto, com destino a Lille (11:50), Bordeaux (12:45) e Paris-Beauvais (18:10) foram cancelados, bem como aqueles com destino ao Porto provenientes de Bordeaux (16:30), Lille (16:50) e Paris-Beauvais (22:55).
A Lusa tentou falar com o porta-voz da ANA --Aeroportos para mais esclarecimentos, mas os contactos revelaram-se infrutíferos.
A Direção-Geral de Aviação Civil francesa (DGAC) indicou na quarta-feira que as companhias aéreas que operam em Paris-Orly e Marselha devem diminuir os voos programados, prevendo-se que hajam também atrasos, mas sem necessidade de outros cancelamentos.
"Haverá forçosamente atrasos" em muitos aeroportos, disse à agência noticiosa espanhola Efe um porta-voz da DGAC, acrescentando que os efeitos da paralisação só devem ser sentidos hoje.
A companhia Air France anunciou que vai manter todos os voos de longo curso previstos para quinta-feira, tanto no aeroporto Charles de Gaulle como no de Orly, em Paris.
Um porta-voz da empresa disse à Efe que vão ser anulados 20% dos voos domésticos com partida ou chegada em Paris e cerca de 35% das ligações a Marselha.
A greve contra a reforma laboral terá também impacto nas ligações ferroviárias e nos transportes públicos da capital francesa.