Rui Alves, responsável pela Coordenação da Produção Florestal e Recursos Silvestres da Companhia das Lezírias, disse hoje à agência Lusa estarem ultrapassadas "as questões burocráticas e de licenciamento" que atrasaram a abertura do espaço ao público.
Dos 2,35 milhões e de euros investidos no projecto, a BRISA comparticipou com cerca de 1,3 milhões. Perto de um milhão veio de fundos comunitários, enquanto a promotora do espaço, a Companhia das Lezírias, contribuiu com cerca de 63 mil euros.
"A construção de mais uma âncora de desenvolvimento sustentável no nosso território é um momento relevante e marcante. Cria conhecimento, emprego e dinamismo económico na área da conservação da natureza e da educação ambiental, com o objectivo de ser atracção do turismo nacional e internacional", destacou Assunção Cristas a 1 de Dezembro de 2012, dia da inauguração.
Os responsáveis pelo EVOA, situado na Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, esperam que o espaço venha a receber, por ano, entre 35 a 50 mil visitantes. O projecto criou quatro postos de trabalho a tempo inteiro e vai criar um número indeterminado de postos de trabalho a tempo parcial, correspondente aos monitores que vão dar apoio aos visitantes.
O EVOA, projecto desenvolvido em parceria com diversas entidades públicas e privadas, visa criar condições para atrair e fomentar a permanência de diferentes espécies de aves, tendo em conta que o estuário do Tejo acolhe mais de 200 espécies, com concentrações superiores a 120.000 aves, algumas raras.
O espaço criado permitirá a observação privilegiada de aves pelo público em geral e, sobretudo, por comunidades de observadores de aves (‘birdwatchers’) e por investigadores, potenciando o desenvolvimento de estudos científicos.
Por outro lado, o EVOA - Espaço de Visitação e Observação de Aves, situado na confluência dos rios Sorraia e Tejo, tem componentes lúdicas e pedagógicas viradas essencialmente para as escolas e as famílias.