Chegarão às “dezenas de milhares” os lugares efectivos em risco de desaparecer dos mapas de pessoal das escolas nos concursos plurianuais deste ano. O número é avançado pelos sindicatos que, citados na edição de hoje do Diário de Notícias (DN), falam no “maior abate de sempre” desses lugares.
A contribuir para este cenário estão não apenas as aposentações de docentes, mas também a quebra na taxa de natalidade que se faz sentir no número de inscrições nas escolas, o fecho e fusão de estabelecimentos de ensino, assim como a reorganização curricular de algumas disciplinas (como Educação Visual e Tecnológica que foi dividida em duas, embora a necessidade de docentes tenha sido reduzida).
“Ao contrário do que sucedia noutros anos, os lugares libertados [pela saída de professores de quadro] deixam de estar disponíveis”, refere João Dias da Silva, dirigente da Federação Nacional de Educação.
De salientar que, desde 2009 (ano do último concurso plurianual), já se reformaram 17 mil professores dos quadros, mas só entraram 397 para ocupar os lugares deixados, indica o DN.