O utente José Rosa queixava-se de uma dor abdominal aguda, pelo que se deslocou ao serviço de urgências do Hospital da Guarda. O diagnóstico que lhe foi feito, então, pelos médicos apontava para uma mera crise de flatulência. “Foi-me dito que não tinha mais do que gases”, conta José Rosa ao Jornal de Notícias.
Porém, os sintomas perduraram, e poucas horas após lhe ter sido dada alta o utente voltou a dirigir-se àquela unidade hospitalar, fazendo-se acompanhar da sua mulher, que, aflita com a situação, exigiu à médica de serviço que sujeitasse o seu marido a uma tomografia axial computorizada, vulgarmente conhecida por TAC. “Como me respondeu que o exame era muito dispendioso, disponibilizei-me a pagá-lo”, revela Maria dos Anjos Rosa.
A médica acabou por ceder à solicitação “por descargo de consciência”, sendo que o exame determinou que a José Rosa restariam 15 minutos de vida. A sua aorta estava a rebentar. O utente acabaria por ser transferido para os Hospitais da Universidade de Coimbra, onde foi submetido a uma intervenção que lhe salvou a vida.