Em tempos de crise e de aumentos constantes no preço dos combustíveis, a ‘prática’ de abastecer e fugir é cada vez mais frequente. Números da ANAREC, citados hoje na edição do JN, indicam que cerca de 30% dos postos de combustível em Portugal (cerca de 2.500) estão sujeitos a este “flagelo”.
“Cada abastecimento não pago ronda os 15 euros, o que dá um prejuízo mensal de 225 mil euros. [Sendo que], no final do ano, as perdas ascendem a 6,75 milhões de euros”, avança o presidente da ANAREC, Virgílio Ferreira. Também a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) reconhece que “a situação se tem agravado”.
Contudo, é provável, que estes valores estejam abaixo da realidade, visto que foram muitos os revendedores que deixaram de apresentar queixa às autoridades. Dados oficiais da PSP mostram isso mesmo: o número de ocorrências passou de 477 em 2011, para 208 no ano passado.
A solução pode passar, defendem as associações do sector, pela aposta no pré-pagamento, na videovigilância ou por um sistema de reconhecimento de matrículas nos postos de abastecimento.