Trabalhadores da Estradas de Portugal contaram ao jornal i que a empresa está empenhada em reduzir a despesa e, para tal, está a cortar no pessoal. Mas a estratégia de cortes não fica por aqui. Segundo a mesma fonte, a empresa pública alterou os níveis que classificam a necessidade de remodelação das pontes.
Os trabalhadores explicaram ao jornal i que a Estradas de Portugal alterou do 3 (razoável) para 4 (deficiente) o nível a partir do qual é preciso intervencionar as pontes. Isto é, com estas alterações, as pontes e outras estruturas só serão alvo de obras quando apresentem um nível deficiente, quando antes as mesmas eram intervencionadas em nível razoável.
Por seu lado, a empresa recusa as acusações que classifica de “totalmente falsas”.
“É totalmente falso que tenha havido uma alteração de procedimentos no que respeita à intervenção em obras de arte”, garantiu a empresa, acrescentando ainda que “este ano foram lançados concursos públicos para intervenção/reabilitação de 23 obras de arte (…) e, destas, 74% estão no estado de conservação de nível 3”.
A empresa revelou também que para este ano estão previstas “920 inspecções principais”, o que representa um “investimento de 36,5 milhões de euros”.