Quase metade dos professores portugueses ‘meteu’ baixa em 2012. Dos 120 mil professores, 47 mil apresentou um atestado médico por doença, e a estes somam-se dez mil que estiveram de baixa por doença continuada, e que foi renovada pelo menos uma vez.
O sindicalista Alexandre Dias, da FNE, admite que os números possam ser exorbitantes, mas atribui-os ao contexto actual. “É normal, em situações de stress, que as pessoas quebrem, com efeitos directos na produtividade e assiduidade”, justificou o responsável, citado pelo DN.
Já o sociólogo Luís Graça considera “os números interessantes”, mas alerta que têm de ser vistos “com muita cautela”, acrescentando que “falta o número de dias perdidos para ter ideia da gravidade do problema”.
Para o especialista, a baixa funciona como “uma almofada que amortece as crises individuais”, acrescentando que a Saúde e a Educação são os dois sectores com taxas mais altas.
Apesar de sublinhar que as baixas em Portugal têm de ser certificadas, calcula-se que parte delas seja fraudulenta, como em todas as profissões