As salas de operações dos hospitais portugueses nem sempre reúnem as melhores condições, há falta de material adequado e os doentes não são bem preparados. Ainda assim, os blocos, sejam usados ou não, têm um encargo de entre sete e 12 euros por minuto.
“A crise trouxe oportunidades de melhoria porque traduziu para números o impacto de fragilidades que já existiam”, afirma ao i a presidente Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses, Mercedes Bilbao.
Para a responsável, o SNS poderia ter um sistema mais eficaz se se conseguisse que os cirurgiões trabalhassem em exclusividade, ainda que não fosse uma solução mágica.
“Nos últimos meses as situações com que me confronto têm mais a ver com a preparação dos doentes e organização interna do que com a disponibilidade dos profissionais”, explica Mercedes Bilbao.
A associação reúne-se a partir de manhã para debater quais as melhores formas de aumentar a eficiência hospitalar. De acordo com a enfermeira, também se sentem mais faltas de material. “Geralmente resolve-se usando material menos adequado e mais caro”.