Sensores ópticos vão detectar incêndios no parque Peneda-Gerês

O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) vai receber a partir deste verão um sistema de vigilância através de sensores ópticos que distinguem fumo orgânico de fogos florestais a 15 quilómetros de distância.

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Lusa
24/04/2013 22:11 ‧ 24/04/2013 por Lusa

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Verão

A implementação deste sistema, que segundo a Protecção Civil tem a "capacidade única" de reconhecer fumo orgânico através de uma análise química da atmosfera, tinha sido anunciada para o verão de 2012 mas só agora será concretizada.

O projecto consiste em 13 câmaras com sensores distribuídas pela área do parque que, admitiu hoje à Lusa fonte oficial da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), poderá entrar em funcionamento até ao início da fase Charlie de incêndios, a 1 de Julho.

Envolve a instalação de sete destes equipamentos na área do PNPG no distrito de Viana do Castelo, quatro no distrito de Braga e dois no distrito de Vila Real, sendo este um projecto-piloto para apoiar a decisão de primeira intervenção em caso de incêndio florestal.

A escolha do PNPG é justificada pela ANPC com a "importância desta área e da necessidade de uma pronta e rápida detecção e decisão sobre o nível de intervenção de meios".

Este sistema explicou à Lusa, em 2012, fonte da ANPC, consegue distinguir o fumo dos incêndios "de outras fontes", como por exemplo o proveniente de indústrias, decidindo "de forma completamente autónoma, até uma distância de 15 quilómetros, se há motivo para enviar um alerta de incêndio".

Conta com um sensor óptico remoto de grande alcance e uma câmara óptica de elevada resolução, a qual realizará um varrimento horizontal de 360 graus e vertical entre 45 a 90 graus. Inclui ainda sensores atmosféricos que monitorizam as condições atmosféricas do local, como de temperatura, humidade, direcção e velocidade do vento, e pluviosidade.

Em caso de alarme, o sistema fornece "informações adicionais" aos centros de comando, como a "localização exacta do fogo, fotografia da detecção e dados meteorológicos, que envia para um servidor central a partir do qual se possam emitir alertas para outros dispositivos".

Garantindo, por isso, "uma resposta pronta e o mais adequada a cada situação", sublinhou a ANPC.

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