É o caso de Marina Pires, professora do 1.º ciclo, que tem estado dedicada às actividades extracurriculares das crianças enquanto não arranja colocação na sua área.
"Estou aqui para lutar pelo nosso lugar na sociedade", disse a professora à agência Lusa, queixando-se de que esta é uma profissão que "tem sido muito desvalorizada".
"Há muitos professores no desemprego, há muitos sem colocação e em horário zero", lamentou Marina, para quem "isto está a ser complicado".
Marina Pires acredita que este ano ainda vai ser pior: "Já concorri, mas sem esperança".
Centenas de professores responderam hoje ao apelo da Federação Nacional da Educação (FNE), afiliada à UGT, para se juntarem à manifestação da central sindical.
Os professores concentraram-se inicialmente frente ao Ministério da Educação "para deixar uma mensagem especial relativamente à responsabilidade do país na preservação de uma escola pública de qualidade e para que não haja mais cortes na educação", adiantou à Lusa o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva.
Os professores estão preocupados, segundo o dirigente sindical, com "as ameaças de cortes cegos na educação", pelo que se juntaram a outros milhares de manifestantes na concentração do Dia do Trabalhador.