Durante as alegações finais, o procurador do Ministério Público, Luís Eloy, justificou que, ao longo do julgamento, não ficou provado o envolvimento dos três arguidos num plano estratégico que visava utilizar o polo tecnológico de Oeiras para pagar contrapartidas ao antigo futebolista Luís Figo, pelo apoio à campanha de José Sócrates nas legislativas de 2009.
Durante o julgamento no Tribunal de Oeiras, os três arguidos manifestaram sempre a sua inocência pelos crimes de corrupção passiva para acto ilícito de que estão acusados Rui Pedro Soares, ex-administrador não executivo do pólo tecnológico de Oeiras, Américo Tomatti, à data dos factos presidente da comissão executiva do Taguspark, e João Carlos Silva, antigo administrador do pólo e ex-presidente da RTP.
Recorde-se que, o processo Taguspark foi investigado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, na sequência de uma certidão extraída do processo Face Oculta.
O caso começou a ser julgado em Fevereiro deste ano e, entre as testemunhas arroladas, estiveram os ex-futebolistas Luís Figo, Rui Costa e Sá Pinto, o treinador José Mourinho, os administradores da PT, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o actual director do Diário Económico, António Costa, e o advogado Paulo Penedos, arguido do processo Face Oculta.