A capital já tem cerca de dois milhares de sem-abrigo, um número que tem aumentado, segundo a vereadora da Câmara de Lisboa, Helena Roseta.
Para a responsável, a situação poderia ser mitigada se os fogos municipais devolutos fossem reabilitados e se fossem construídas novas casas para os mais necessitados.
A posição de Helena Roseta é anunciada na sequência das declarações do Observatório de Luta contra a Pobreza de Lisboa. O director, Sérgio Aires, diz não saber quantos pobres vivem na capital, justificando que “nunca houve vontade politica” para descobrir estes números.
Por outro lado, o responsável explica que se está a viver “uma situação caricata”, uma vez que, apesar da situação social do País, com o aumento do desemprego e a menor abrangência do subsídio, a taxa de risco de pobreza esta a diminuir.
“Isto acontece porque a definição de pobreza mede-se tendo em consideração o rendimento mediano do País. Assim se o rendimento mediano baixa, como vem acontecendo em Portugal, em consequência da diminuição ou estagnação dos salários, também baixa o limiar de pobreza contido na definição oficial de pobreza”, explica Sérgio Aires ao Diário de Notícias.