A viúva, mãe e avó das crianças, era empregada de limpeza do agricultor, mas rápido a relação formal passou a íntima. Com a esposa acamada num dos quartos da casa, o homem, de 74 anos, não se privou de ter relações sexuais com a nova amante, que, em 2009, consentiu e incentivou a inclusão das filhas, na altura com nove e 13 anos e, mais tarde, da neta, com apenas 5 anos, nos actos sexuais.
Segundo o despacho de acusação do Ministério Público, citado pelo Jornal de Notícias, os crimes ocorreram entre 2009 e 2012, ano em que o casal foi detido após denúncias dos habitantes da aldeia. Durante esse espaço de três anos, a arguida, levava as crianças para casa do homem, deixando que este abusasse sexualmente delas, “quer na cozinha, quer no quarto”.
O agricultor chegou a ter momentos íntimos apenas com as menores, sem a presença da mãe. Segundo o relato do Jornal de Notícias, a neta da mulher também foi incluída, a partir de 2011, nestas orgias, tendo mesmo sido obrigada a fazer sexo oral ao homem.
Para manter o segredo deste crime e continuar a incentivar a participação nos abusos, os dois amantes subornavam as crianças com prendas e dinheiro. Foram oferecidos computadores, motociclos, telemóveis e roupas.
A decisão do tribunal sobre este crime é conhecida hoje. O homem está acusado de crimes de abuso sexual de criança, na forma continuada, e de crimes de actos sexuais com adolescentes, na forma continuada, já a mãe e avó das menores é acusada dos mesmos crimes, aos quais acresce a acusação de abuso sexual de menor dependente, na forma continuada. Os dois arguidos estão em prisão domiciliária, com pulseira electrónica, e as duas crianças encontram-se entregues a instituições.