Em declarações aos jornalistas, no final da cerimónia de entrega dos prémios de investigação do Centro Hospitalar do Porto, Paulo Macedo considerou que, “em termos de emprego, a saúde é claramente um setor privilegiado”, explicando que isto acontece “pelo nível de diferenciação dos seus profissionais e também pelas necessidades que os portugueses têm”.
“Em termos médicos, o que nós temos é claramente ainda uma necessidade em diversos setores bastante forte, designadamente nos médicos de família”, avançou, explicando que, apesar do acordo feito para passar a ter mais horas médicas para prestar assistência, é ainda preciso “contratar bastantes mais médicos de medicina geral e familiar”, assim como “em várias outras especialidades”.
Relativamente à questão que lhe tinha sido feita pelos jornalistas – sobre como via os sinais na saúde, em termos de greves ou falta de médicos em alguns serviços – o ministro da tutela considerou que “os sinais têm que ser vistos sempre num conjunto”, dando o exemplo de, em três meses, terem sido abertos três hospitais.
“O principal da saúde é que o Serviço Nacional de Saúde está a responder aos portugueses, está a responder às suas necessidades”, garantiu.
Questionado sobre o Centro de Reabilitação do Norte – o deputado do PSD e candidato à Câmara de Gaia, Carlos Abreu Amorim, disse hoje ter apresentado na Assembleia da República um projeto de resolução para pôr a funcionar este equipamento – Paulo Macedo manteve o que já havia anunciado, ou seja, que “o Centro de Reabilitação de Gaia abrirá no segundo semestre”.
“Muito em breve, nas próximas semanas, esperamos definir qual é o modelo. A ARS Norte já estudou, já vai apresentar a proposta final e, portanto, sobre isso mantemos o que dissemos, que é a abertura do Centro de Reabilitação até ao final do ano”, garantiu.
Interrogado sobre a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte poder entrar em rutura em junho, devido a questões orçamentais, o ministro da Saúde garantiu que a tutela não tem conhecimento de qualquer rutura.
“A ARS Norte não nos informou e há uma coisa que nós devíamos já ter aprendido que é que, por muitas dificuldades, não haverá ruturas, não houve e não haverá e é por isso que o país gasta cerca de oito mil milhões de euros com o seu Serviço Nacional de Saúde. Esses oito mil milhões de euros têm de ser suficientes para assegurar o essencial para os portugueses”, disse.