Algumas dessas questões encontram-se logo no primeiro grupo (texto A), em que surge um texto de Ricardo Reis, disse à agência Lusa a presidente da APP, Edviges Antunes Ferreira.
“Tem quatro questões e duas delas podiam ser mais objetivas”, afirmou.
A professora frisou que o poema só por si é subjetivo e a forma como as questões estão formuladas poderá levar a várias interpretações.
“E não sabemos se essas interpretações estarão ou não de acordo com os critérios de correção, embora esteja salvaguardada a posição de que poderá aceitar-se outra resposta”, frisou.
Já no parte B, as questões são objetivas e poderão “colmatar um bocadinho” as indecisões sentidas acima.
Para o segundo grupo, de escolha múltipla, foi escolhido um texto de Lobo Antunes.
As questões, relatou, implicavam “uma leitura muito atenta” de todo o texto: “Não chegaria uma vez. Os alunos teriam de encontrar as respostas ao longo de todo o texto”.
Na primeira questão, exemplificou, se um aluno lesse só o excerto sugerido não conseguia responder. “Era obrigado a ter uma perceção global do texto para conseguir responder a essas questões de uma forma correta”.
Depois surge outra questão “dúbia” (1.7) e que pode ser respondida de forma diferente da que surge nos critérios de correção, mas segundo a professora, neste grupo o corretor “só pode corrigir conforme está nos critérios de correção”.
O terceiro grupo poderá novamente colmatar algumas dúvidas que os alunos tenham enfrentado anteriormente, já que se pede para falarem do papel dos jovens enquanto agentes de transformação da sociedade.
“Este é um tema muito abrangente, em que eles são capazes de exprimir as suas ideias. Se por um lado há questões dúbias, depois há outras em que eles podem colmatar esses aspetos”, referiu a presidente da APP.