O crime remonta ao ano passado, mas só ontem começou o julgamento de uma mulher acusada de matar o marido, após uma tarde de amor.
A arguida, de 49 anos, afirmou em tribunal que o disparo foi acidental, uma vez que o companheiro guardava a arma debaixo de uma almofada. Mas antes de fugir, a mulher não quis deixar de levar o lixo à rua.
“Nunca tinha visto uma arma na minha vida. Tínhamos tido relações e ele queria outra vez. Eu não. Mas voltei para a cama. Estava a agarrar uma almofada quando vi a arma. Perguntei-lhe para o que era. Peguei nela, nem sei como, e aquilo disparou logo. Entrei em pânico e fugi para casa da minha mãe”, relatou Maria Cândida Morgado, citada pelo Jornal de Notícias.
Saliente-se que a arguida, residente em Alvarães, Viana do Castelo, voltou posteriormente a casa, guardou silêncio durante uns dias, e depois reportou às autoridades o desaparecimento do marido. Isto porque, explicou, estava confusa, uma vez que um primo seu garantira ter visto a vítima, de 52 anos, pelo que ficou “sem certezas de que estivesse morto e tinha medo de que ele viesse a vingar-se”.
Aliás, Maria de Cândida disse acreditar que a intenção do marido era matá-la.