A crise levou um terço dos idosos cortar nas despesas de saúde. Nem a descida do preço dos medicamentos consegue colmatar a falta de dinheiro dos portugueses com mais de 65 anos, que estão a começar a cortar nas consultas particulares, compra de óculos e aparelhos auditivos e medicamentos.
Segundo o Relatório de Primavera 2013, elaborado pelos investigadores do Observatório Português do Sistema de Saúde (OPSS) 30% dos idosos inquiridos já deixaram de utilizar alguns serviços de saúde por falta de dinheiro. Destes, 60% apontaram as consultas particulares, 48% dentistas, 47% compra de óculos e aparelhos auditivos e 25% serviços públicos de saúde de primeira necessidade”, segundo o documento citado Pelo Público.
A justificação para estes números avançada pelos investigadores tem a ver com o facto de “todos estes serviços terem sido afectados pelo aumento de taxas moderadoras verificado recentemente”.
No que toca aos medicamentos o relatório conclui que mais de metade dos idosos (69,01%) já substituiu os remédios por alternativas mais baratas, 15,80% “começaram a espaçar as tomas para poupar” e 13,26% respondeu que deixaram mesmo de tomar os medicamentos.
O estudo teve como base 1.200 doentes com mais de 65 anos e foi realizado na área metropolitana de Lisboa.